| Instaurado procedimento criminal para apurar denúncias de sabotagem biológica |
| 26/06/2006 Bahia | |
| Em virtude das denúncias publicadas na revista VEJA desta semana, relativas a uma suposta operação de sabotagem biológica que resultou na disseminação da praga 'vassoura-de-bruxa' na região cacaueira do Sul da Bahia, o Ministério Público do Estado da Bahia instaurou quarta-feira (21) um procedimento criminal para apuração dos fatos. A medida foi definida em uma reunião realizada na Promotoria Regional de Itabuna entre os promotores de Justiça criminais Clodoaldo Silva Anunciação e Márcia Bandeira, e o promotor de Justiça do meio ambiente, Marcos Fael, que vão atuar no caso. De acordo com a reportagem de VEJA, baseada em entrevistas concedidas pelo técnico em administração Luiz Henrique Franco Timóteo, a praga que destruiu lavouras de cacau baianas no início da década de 90, provocando grande prejuízo econômico ao Estado, foi fruto de um plano que tinha como objetivo minar a influência política dos 'barões do cacau' da região Sul. O plano teria sido concebido e executado, ainda segundo informações de VEJA, por militantes do Partido dos Trabalhadores (PT), a maioria funcionários da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), órgão do Ministério da Agricultura. "O MP baiano conduzirá o caso com rigor, e as primeiras medidas de investigação já estão sendo tomadas", informa Clodoaldo Anunciação, que coordena a Promotoria Regional de Itabuna. O promotor explicou, ainda, que, durante as investigações, serão preservadas as provas e as pessoas, mas os denunciados serão intimados a prestar esclarecimentos sobre o caso. |
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