31 DE MARÇO: TEMPO DE ALERTAR
Alerta, porque (para usar as palavras de respeitado Chefe militar) "No momento em que carece o
país de exemplos de lealdade, de prática da verdade, de honestidade, de probidade e de seriedade; no
momento em que ventos antidemocráticos sopram na América do Sul; no momento em que se
reescreve e distorce a História, com vil visão marxista", é preciso relembrar e meditar sobre os ideais de
1964.
Alerta, porque, apesar de todas as demonstrações de tolerância, respeito à ordem democrática e
perdão aos criminosos de ontem, as Forças Armadas continuam marginalizadas e tratadas com
descaso e mal disfarçada hostilidade. Alijadas das esferas decisórias da República, em nome da
concórdia tudo têm aceito, até o inaceitável, como o pagamento de régias recompensas a traidores e
desertores que se levantaram para implantar, em nosso país, ditadura de modelo castrista, maoísta e
soviética.
Alerta, porque, na revolução cultural gramcista, "Heróis não são mais os que morreram pela
liberdade, mas os que mataram pela escravidão, e as homenagens não são mais para os homens da
lei, mas para os homens sem lei".
Alerta, porque enquanto o banditismo alimentado pelo tráfico de drogas aterroriza cidades, ceifa
vidas e enluta milhares de famílias; o país integra foro de países que trata como aliada organização
narco-guerrilheira de país vizinho, com claras e evidentes ramificações em nosso território.
Alerta, porque, tolerados e apoiados pelo Estado e pelo estrangeiro, grupos revolucionários
atuam livremente em todo o país e com invulgar capacidade de mobilização, invadem terras produtivas,
destroem propriedades, incendeiam instalações e depredam preciosos laboratórios, na certeza de que
estão acima e além da lei.
Alerta, porque a pretexto de defender etnias indígenas, organizações não-governamentais e
entidades com sede no estrangeiro controlam, na prática, ponderáveis porções do território nacional; e,
recentemente, conseguiram, até mesmo, proibir um oficial-general do Exército de acompanhar, em área
sob sua jurisdição, visita de autoridade ministerial.
Alerta, porque a sociedade, anestesiada por décadas de intoxicante doutrinação, assiste,
impassível, a omissão e a cumplicidade criarem, no país, clima de desapreço à verdade e à ética, de
desrespeito à justiça, de desmoralização de instituições, de negociatas e escândalos.
Que "o Brasil de todos" (de todos os brasileiros de bem), o Brasil verde e amarelo azul e branco,
o Brasil que soube dizer "Não!" à cor vermelha em 1964, ao ouvir essas vozes de alerta, possa
responder como as sentinelas das velhas fortalezas portuguesas, que em suas rondas rompiam o
silêncio da noite com o brado: "Alerta estou!".
A Revolução Democrática de 31 de Março de 1964
Gen Div (Res) Ulisses Lisboa Perazzo Lannes